domingo, 6 de novembro de 2011

Paralisia Bulbar

Olá pessoal, estou sem postar a algum tempo, mas estou voltando e tentarei manter atualizado.
Recentemente estou atendendo um paciente adulto com paralisia bulbar, excluido E.L.A (ou doença de LOU GEHRIG). Encontrei poucos artigos sobre o assunto, por isso resolvi postar.
A paralisia bulbar é uma doença do neurônio motor, pode ser espástica (pseudobulbar) ou a forma mais comun que é a progressiva onde é espástica e flácida. Os sintomas, entre outros, são dificuldade de movimentação, atrofia da língua, distúrbios no engolir, beber, mastigar e na articulação das palavras (disartria). 
Os musculos repiratórios também são afetados e por isso a importância de se fazer fisioterapia para manter o aparelho respiratório livre de secreções, bem ventilado, melhora nas trocas gasosas, diminuindo efeitos deletérios da patologia.

sábado, 3 de julho de 2010

O real motivo para o aumento das infecções respiratórias no inverno se deve principalmente à mudança de hábito da população que as baixas temperaturas provocam. Passamos mais tempo em ambiente fechado e menos tempo ao ar livre. A maior aglomeração em lugares fechados facilita a troca de vírus entre as pessoas. Com isto, vários tipos de vírus são transmitidos através da tosse, espirro, conversação e principalmente pelas mãos. O tempo muito seco também propicia uma maior facilidade da entrada de germes na mucosa ressecada.


Ao contrário do que muitos pensam, andar descalço, dormir de cabelo molhado, tomar sorvete e outros gelados, abrir geladeira, pegar chuva, sereno ou vento não predispõe a infecções respiratórias. Quando venta não está ventando vírus, quando chove não está chovendo doença e quando se pisa no chão descalço a infecção não sobe pelo pé feito lagartixa. Criança abaixo de 5 anos de idade tem em media 10 resfriados por ano, sendo que algumas podem ter até 15 viroses por ano. Isto é ainda mais frequente em crianças que freqüentam creches ou aquelas que têm irmão mais velho em atividade escolar. Isto é NORMAL! Não se trata de falta de cuidado, baixa resistência ou fraqueza do organismo. Crianças pequenas trocam de vírus igual trocam de figurinha. É por isto que as escolas são um verdadeiro zoológico, um almoxarifado de vírus. Do mesmo jeito que crianças recebem vírus elas também transmitem o vírus para os outros.

Muitas vezes esses resfriados de repetição são erroneamente diagnosticados como rinite alérgica, asma ou alergia ao leite de vaca e a criança é submetida a tratamentos e dietas que podem ser danosos a sua saúde. O uso de antibióticos é abusivo e muitas vezes sem necessidade. Freqüentemente um simples resfriado é confundido com 
 amigdalite. Quem nunca ouviu de um médico a frase: “seu filho está com princípio de pneumonia”. Isto simplesmente não existe! Ou você tem ou não tem pneumonia. Não existe “princípio”! É como alguém afirmar que determinada pessoa está com “princípio de gravidez!” Não tem lógica! Ou se está grávida ou não! Quando o termo “princípio" é utilizado (seja para pneumonia, otite, etc.) geralmente trata-se de infecção viral que não precisa de antibiótico e reflete a insegurança de quem está conduzindo o caso.

Portanto nós temos que entender que os primeiros anos de vida de uma criança é um período mais enjoado do que grave, mas tem o seu lado bom: cada resfriado o organismo produz anticorpos que ajudam no amadurecimento do sistema imunológico. A criança vai ganhando resistência e ficando cada vez mais preparada para enfrentar as adversidades.

O pediatra é o medico ideal para tratar destas crianças e deve ser ele quem decide quando uma criança deve ser levada ao especialista como otorino, alergista, pneumologista, etc.

(Dr. Wilson Rocha FilhoChefe do Serviço de Pneumologia e Alergia Pediátrica do Hosp. Felício Rocho)

A Fisioterapia respiratória vem auxiliar a melhora na qualidade de vida dessas crianças, diminuindo o uso de medicamentos e prevenindo alterações respiratóras:

As princiais metas da fisioterapia são:
1. Prevenir o acúmulo de secreções nas vias aéreas, que interfere na respiração normal;
2. Favorecer a eficácia da ventilação;
3. Promover a limpeza e a drenagem das secreções;
4. Melhorar a resistência e a tolerância à fadiga, durante os exercícios e nas atividades da vida diária;
5. Melhorar a efetividade da tosse;
6. Prevenir e corrigir possíveis deformidades posturais, associadas ao distúrbio respiratório;
7. Promover Suporte Ventilatório adequado, bem como sua retirada, em pacientes internados nas Unidades de Terapia Intensiva.

Pacientes com crises repetidas de asma e bronquite, principalmente se ocorre intensa produção de secreção dentro dos brônquios, a fisioterapia respiratória tem grande indicação, principalmente se ocorre grande secreção dentro dos brônquicos, situação essa que poderia levar a quadros associados de pneumonia. A asma, também conhecida como bronquite asmática ou bronquite alérgica, acompanha-se de uma inflamação crônica dos brônquios e sintomas como falta de ar, aperto no peito, cansaço, chiados e tosse persistente. Ocorre que cerca de 10% da população brasileira, sendo mais freqüente em crianças. A asma e a bronquite causam obstrução brônquica, dificultando a saída do ar de dentro dos pulmões. O papel do fisioterapeuta é justamente fazer a desobstrução brônquica. Assim que é diagnosticada a asma ou bronquite, é importante que a pessoa procure este especialista para fazer a sua reeducação respiratória, através dos exercícios de relaxamento, postura e o uso do inalador. Isso ameniza muito as crises, diminuindo também a incidência de processos infecciosos pulmonares.

domingo, 2 de maio de 2010

Seminário Therapies 4 Kids no Brasil


O que é o Pediasuit???


A uma roupa terapêutica é composta por um material que possibilita a oxigenação dos poros e é anexada por velcros, permitindo um fácil manuseio. A roupa possui colete, short, joelheira, tênis, tapete e cordões de borracha elástica alinhados ao corpo para proporcionar um equilíbrio dos músculos agonistas, antagonistas e sinergistas.
A proposta do PediaSuit é fornecer estímulos sensoriais suplementares para os músculos e articulações do corpo, auxiliando no movimento funcional com o uso dos cordões de borracha refletindo nos músculos do corpo. Acompanhados por exercícios repetitivos de alongamento, estes movimentos “todos os dias” ensinam o sistema nervoso novos caminhos para se mover, equilibrar e se auto coordenar. Este programa se desenvolve de 3-4 horas/dia, 5 dias/semana, por 3 semanas e cada programa é individual desenvolvido de acordo com a necessidade do cliente.

Integração entre terapia hiperbarica e terapia intensiva.

Muitas crianças tem a vantagem de ter o PediaSuit e a terapia intensiva junto com a camara hiperbarica como tratamento multidiciplinar. Cada terapia é aplicada de acordo com a necessidade de cada criança, sendo respeitado os diferentes acometimentos que cada cliente apresenta, esperando assim um excelente resultado.

Em muitos casos, crianças com paralisia cerebrais têm celulas do cérebro que estão "dormindo". Elas têm oxigênio para sobreviver mas não o suficiente para funcionar como celulas do cérebro "normais". Estas celulas não podem participar no processo de recuperação.

Com HBOT, o oxigênio banha as celulas do cérebro, enquanto lhes dão bastante energia para participar no processo de recuperação. HBOT também melhora a provisão de sangue a estas celulas nervorsas que estão agora "acordadas" mas não têm nenhuma função clara do que fazer.

Terapia intensiva pediátrica - Essa terapia que procura pela maior quantidade de celulas do cérebro possibilitando uma melhora no equilíbrio, força e coordenação dos músculos de um paciente. Eles podem se assegurar de que as celulas do cérebro estejam funcionando, enquanto dirigindo-as no processo de terapia física, fala e terapia ocupacional.

O uso do HBOT em conjunto com a terapia intensiva, é uma boa opção de tratamento, juntas elas poderão acelerar o processo de recuperaçã de cada cliente, visando assim um melhor prognóstico.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Desenvolvimento motor de 0-12 meses

O desenvolvimento motor normal é caracterizado pela maturação gradual do controle postural com o aperfeiçoamento das reações de retificação e equilíbrio, as quais formam a base da atividade específica normal.
RN

Reflexo de Moro: primeira experiência sensório-motora em extensão
Reflexo da marcha automática
Reflexo de Galant
Reflexo de preensão palmar e plantar
Reflexo de sucção
Reflexo da procura
Reação cervical de retificação
Placing
Pode ocorrer Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (RTCA)
PRONO
peso: nas bochechas, mãos, antebraço e tronco superior.
postura: cabeça para um lado; flexão fisiológica: braços próximos do corpo, cotovelos flexionados, pronação de antebraços, oponência de polegares.
movimentação: vira a cabeça para tirar o nariz da superfície.
SUPINO
O bebê pode sair da posição flexora mas retorna.
peso: na face, lado da cabeça e tronco.
postura: rotação da cabeça para um lado, flexão fisiológica.
movimentação: rotação da cabeça; mão na boca; movimentos ocasionais de pernas e braços.
DE PÉ
peso: sustenta o peso intermitentemente.
postura: cabeça flexionada para frente; quadris atrás dos ombros; quadris e joelhos flexionados; os pés podem estar juntos.
movimentação: deve haver flexão intermitente de quadris e joelhos.
Primeiro mês
Informações gerais
Idem ao recém-nascido
PRONO
peso: distribuído nas mãos, antebraços e tronco.
postura: cotovelos atrás dos ombros e próximos ao corpo (mais abduzidos); quadris e joelhos flexionados.
movimentação: maior liberação da cabeça, ergue a cabeça assimetricamente a 45º, mas não mantém a cabeça na linha média.
SUPINO
O bebê move a cabeça em direção a linha média, mas não consegue mantê-la.
peso: no lado da cabeça, tronco e nádegas.
postura: flexão fisiológica diminuída; rotação da cabeça para o lado; abdução e rotação externa dos quadris.
movimentação: rotação da cabeça para linha média; movimentos ocasionais de pernas e braços; RTCA não obrigatório.
SENTADO
Deve haver mais controle da cabeça do que balanço, mas a cabeça não precisa ser mantida na linha média.
peso: peso nos glúteos e pernas.
postura: flexão de quadril e flexão de tronco.
movimentação: levanta e mantém a cabeça brevemente; extensão da coluna cervical superior.
DE PÉ
Os movimentos nas pernas são variáveis.
peso: nos pés ou dedos dos pés.
postura: cabeça alinhada com o corpo; quadris atras dos ombros; quadris flexionados e abduzidos.
movimentação: movimento variável das pernas; pode curvar e endireitar os joelhos; pode hiperextender os joelhos; pode bater com um pé.
SEGUNDO MÊS
Reação cervical de retificação.
Reação labiríntica de retificação (R.L.R), começando alinhamento de cabeça.
Reação óptica de retificação (R.O.R.).
R.T.C.A. (causa informação tátil assimétrica = Transferência de peso).
Reflexo de preensão palmar e plantar.
Maior estabilidade em prono e supino
PRONO
O bebê é capaz de manter por algum tempo a cabeça a 45º na linha média.
peso: distribuído nas mãos, antebraços e tronco.
postura: ombros levemente abduzidos, cotovelo atrás do ombro; quadris e joelhos flexionados .
movimentação: levanta a cabeça a 45º; vira a cabeça, mantém na linha média. Maior extensão de pernas e quadris
SUPINO
peso: simetricamente distribuído na cabeça, tronco e nádegas.
postura: cabeça na linha média; braços flexionados e abduzidos ou ao lado do corpo; pernas flexionadas ou estendidas.
movimentação: chutes recíprocos bilaterais; braços se movem mas não alcançam a linha média.
SENTADO
Puxado para sentar – sustento cefálico no final do movimento
Menor atraso da cabeça.
Sentado- Cabeça elevada , mas apresenta movimentos para frente e para trás.
Cifose total da coluna.
DE PÉ
Astasia (em pé não suporta o corpo, fletindo os MMII)
TERCEIRO MÊS
Informações gerais
Começando simetria.
Orientação da cabeça na linha média aumentada.
Retificação labiríntica mais forte (R.L.R.), portanto retificação da cabeça mais forte.
Retificação ótica mais forte (R.O.R.).
RTCA diminuindo (porque o controle flexor está aumentando).
Coordenação áudio-viso-cefálica
PRONO
peso: simetricamente distribuído nos antebraços e tronco, deixando as mãos mais livres.
postura: ombros abduzidos; cotovelo em linha com os ombros; quadris abduzidos e em rotação externa e em maior extensão; joelhos flexionados.
movimentação: empurra-se contra a superfície para levantar a cabeça; mantém a cabeça acima de 45º; tronco elevado.
SUPINO
Leva as mãos na linha média mas não agarra com sucesso um brinquedo.
peso: simetricamente distribuído na cabeça tronco e glúteos.
postura: cabeça em linha média; braços descansando no peito, ao lado do corpo ou abduzidos; pernas em flexão ou extensão.
movimentação: flexores de pescoço ativos - toque de queixo; traz os braços na linha média; chutes recíprocos, preensão voluntária cubital associada com a reflexa.
SENTADO
Manter a posição por um tempo.
peso: peso nos glúteos, pernas e mãos.
postura: cabeça para cima e ombros elevados; quadris flexionados com rotação externa e abdução; joelhos flexionados; espinha tóraco-lombar arredondada.
movimentação: mantém a cabeça na linha média; apóia o peso nos braços levemente.
Puxado para sentar controla a cabeça desde o meio do movimento
Em pé

QUARTO MÊS
Informações gerais
Simetria aumentada.
Flexão aumentada.
Extensão aumentada.
RLR e ROR aumentadas.
Iniciando a reação Landau.
RTCA diminuída.
Melhor controle da cabeça (melhor retificação da cabeça).
Começando retificação lateral da cabeça.
Olhos dominando.
Reflexos de Moro e preensão esboçados
PRONO
Primeiras tentativas do bebê de deslocar o peso na posição prona.
peso: nos antebraços, abdome e coxas.
postura: cabeça a 90º; apoio nos antebraços ou apoio de braço estendido imaturo; quadris abduzidos e em maior extensão
movimentação: deslocamento de peso não controlado sobre um braço; pode ou não haver deslocamento do tronco.
SUPINO
Observar abdominais e flexores de quadris ativos. Começa a explorar-se.
peso: simetricamente distribuído.
postura: abdução e rotação externa de quadris; joelhos flexionados.
movimentação: vira a cabeça facilmente para os lados; toque de queixo; alcança os joelhos; músculos abdominais ativos; pode cair para um dos lados ao levantar as pernas.
Até então movimentos no plano sagital.
SENTADO
peso: peso nos glúteos e pernas.
postura: cabeça em linha média; ombros na frente do quadril; coluna torácica estendida; flexão lombar; quadris flexionados com rotação externa.
movimentação: extensão da cabeça; adução escapular e extensão umeral; não mantém a posição por muito tempo.
Tracionado para sentar, mantém controle cefálico até o final do movimento.
DE PÉ
4 a 7 meses
Calcanhares apoiados em algum ponto durante a observação.
peso: nos pés.
postura: cabeça na linha média; quadris alinhados com os ombros; quadris abduzidos e em rotação externa.
movimentação: controle ativo do tronco; movimento variável das pernas: pode balançar-se para cima e para baixo, levanta uma perna ou hiperextende os joelhos.
QUINTO MÊS
Informações gerais
Reação Landau aumentada (nadar).
R.L.R., R.O.R. aumentadas.
Retificação da cabeça aumentada (prono, supino, lateral)
Início de movimentos no plano frontal
Reações de equilíbrio iniciando em prono
Moro integrado – início das reações de proteção
PRONO
Ombros abduzidos ou neutros; flexão e extensão ativa dos joelhos; controle de cabeça maduro.
peso: antebraços, mãos e abdome.
postura: cotovelos na frente dos ombros; abdução, rotação externa e maior extensão de quadris.
movimentação: levanta e mantém a cabeça na linha média; toque de queixo ativo e alongamento do pescoço; tórax elevado. Realiza dissociação de MMSS. Estende o braço para alcançar brinquedos. Rola de prono para supino sem dissociação e supino para lado
SUPINO
peso: na cabeça e tronco.
postura: contato das mãos com um ou ambos os pés; quadris flexionados a mais de 90º; joelhos semi-flexionados ou estendidos.
movimentação: toque de queixo; levanta as pernas e trás os pés para as mãos; mobilidade pélvica; balanço de um lado para outro, podendo rolar.
SENTADO
peso: nos glúteos, pernas e mãos.
postura: cabeça para cima; coluna lombar arredondada e torácica estendida; quadris flexionados com rotação externa e abdução; joelhos flexionados (maior base de sustentação).
movimentação: cabeça movimenta-se livre do tronco; braços estendidos para frente; não pode mover-se dentro e fora da posição.
Em pé
ROLA DE PRONO PARA SUPINO
SEXTO MÊS
Informações gerais
R.L.R, R.O.R., R.R.C. (Reação de retificação de cabeça). = Todos fortes.
Landau maduro (extensão do quadril).
Reação de retificação do corpo sobre o corpo.
Reação de equilíbrio em prono presente (começando em supino).
Inicia os movimentos de rotação.
Reação de anfíbio
PRONO
peso: mãos (extensão de punhos), baixo abdome e coxas.
postura: braços estendidos; cotovelos na frente dos braços; pernas aproximando-se da posição neutra.
movimentação: toque de queixo e peito elevado; flexão e extensão dos joelhos; brinca com os pés juntos; deslocamento de peso na lateral. Arrasta-se para trás.
SUPINO
Movimento usado para brincar . Mantém-se mais tempo em decúbito lateral
peso: em um lado do corpo.
postura: hiperextensão do pescoço e coluna vertebral.
movimentação: ombros alongados; empurra para estender-se com uma ou ambas as pernas; pode rolar para os lados acidentalmente.
SENTADO
Mantém-se sentado sozinho por um breve período, necessitando supervisão.
peso: nos glúteos e pernas.
postura: cotovelos flexionados; coluna torácica estendida; quadris flexionados com rotação externa e abdução; joelhos flexionados.
movimentação: não pode manter a posição indefinidamente.
SÉTIMO MÊS
Informações gerais
Reações de equilíbrio em supino presente (iniciando no sentar).
Extensão protetora para o lado quase sempre presente.
De lado treina musculatura para a marcha.
Rola de supino para prono com dissociação
ROLAR
PRONO
O bebê pode balançar para frente, trás ou lados em extensão ativa.
peso: no abdome.
postura: simétrico; adução escapular; abdução e rotação externa dos braços; abdução e extensão das pernas; extensão da coluna lombar.
movimentação: levanta cabeça e braços ou pernas ou ambos em padrão extensor ativo.
Fica de quatro (MMSS mais maduros do que os MMII) – transfere o peso para os lados, para frente e para trás. Pode ficar de urso.
SUPINO
Usa muito a ponte, treinando a musculatura extensora de quadril e descarga de peso nos pés.
SENTADO
Ainda perde o equilíbrio facilmente quando experimenta transferência de peso.
peso: peso nos glúteos e pernas.
postura: quadris flexionados com rotação externa e abdução; braços livres.
movimentação: descarrega o peso para frente, para trás ou para os lados; ainda não pode ser deixado sozinho na posição. Transfere objetos de uma mão para a outra. Apresenta reação de proteção para frente e para os lados.

OITAVO MÊS
Informações gerais
Iniciando reação de equilíbrio em gatas
Passa de supino para sentado
Melhor transferência na posição de gatas
Engatinhar imaturo, cai entre as pernas em W
Pega nos móveis e levanta-se, sem dissociação de MMII
Não gosta de supino
PRONO
O bebê usa ambos os braços e pernas para pivotear atrás de um brinquedo.
peso: no tronco, braços e mãos.
postura: cabeça a 90º.
movimentação: pivoteio usando movimento nos braços e pernas com flexão lateral de tronco.
SENTADO
Mantém a posição sem auxílio. Ainda não apresenta a reação de proteção para trás.
peso: nos glúteos e pernas.
postura: ombros alinhados com os quadris; braços livres; ampla base de apoio.
movimentação: os braços movem-se distantes do corpo; podem brincar com um brinquedo; pode ser deixado sozinho na posição.
DE PÉ
Sustentação nos dedos ou região média dos pés.
peso: nos braços e pés.
postura: braços na superfície de apoio; abdução e rotação externa de quadris; inclina-se sobre o apoio; lordose lombar.
movimentação: empurra-se para baixo com os braços e estende os joelhos para alcançar a posição de pé.
ENGATINHAR IMATURO
NONO MÊS
Sentado
Controle de tronco aumentado.
Posição versátil, mais funcional.
Utiliza várias posições de extremidade inferior.
Freqüentemente senta de lado - usando mobilidade do quadril (aumentada).
Pode sentar em “W”.
Desenvolve e usa habilidades manipulativas mais finas quando está sentado.
Engatinhar maduro
DE PÉ
Pode puxar-se através de posturas como o semi-ajoelhado.
peso: nos pés e algum apoio nos braços.
postura: flexão, abdução e rotação externa dos quadris; lordose lombar; base alargada.
movimentação: ergue-se; descarrega peso de um lado para outro; pode levantar uma perna; não há rotação do tronco.
DÉCIMO MÊS
Sentado
Pode ou não usar a rotação de tronco para alcançar a posição prona.
peso: nas mãos, antebraços e tronco.
postura: tronco flexionado anteriormente ou para os lados sobre as extremidades inferiores; pernas flexionadas, abduzidas e com rotação externa.
movimentação: Move-se fora da posição para alcançar o prono deitado; puxa-se com os braços, pernas inativas.
Inicia-se reação de proteção para trás
DE PÉ
Base de apoio pode ser ampla.
peso: peso nos pés; apoio de um braço.
postura: quadris abduzidos; tronco em rotação.
movimentação: capaz de soltar uma das mãos e alcançar com rotação de tronco. Fica de cócoras sem cair, pode andar para frente com suporte
De pé passa para semi-ajoelhado
Inicia impulso do pé (por ex. subir escadas de gatas)
DÉCIMO PRIMEIRO MÊS
Sentar
Uma variedade de modos pode ser demonstrada nesta fase.
peso: em ambas as mãos e um pé.
postura: move-se da posição sentada independente para ajoelhado em quatro pontos.
movimentação: ergue ativamente a pelve e a perna que não sustenta o peso para assumir a posição de quatro pontos.
DE PÉ
A criança pode usar a ponta dos pés, mas também assume a posição de dorsiflexão.
peso: nos pés e algum apoio de braços.
postura: pernas abduzidas e com rotação externa; ampla base de apoio.
movimentação: andar de lado com rotação do tronco, pode soltar-se dos móveis.
Passa para de pé sem auxilio. Mantém-se de pé com base alargada e retração de escápulas.
DÉCIMO SEGUNDO MÊS
Amplo repertório do movimento de sentar-se, inclusive em “W” e de lado.
peso: peso nos glúteos.
postura: variedade de postura com dissociação de pernas; base estreita de sustentação.
movimentação: posição das pernas variadas; move-se dentro e fora da posição com facilidade.
DE PÉ
Não cai acidentalmente quando de pé.
peso: nos pés e apoio de um braço.
postura: segura-se no apoio em uma das mãos.
movimentação: abaixamento controlado a partir da posição de pé, observando uma variedade de posição de pernas.
DE PÉ
peso: nos pés e no braço apoiado.
postura: semi virado na direção do movimento.
movimentação: cruzar as pernas com rotação
MARCHA
Base alargada, braços elevados, escápulas aduzidas;
A medida em que a marcha amadurece os braços vão se abaixando;
Marcha rápida, com pouco tempo de apoio;
A medida em que diminui a base, diminui-se o ritmo da marcha e a rotação entra
Aparece as curvas da coluna

domingo, 27 de setembro de 2009

Adorei isso:

Fisioterapia Baseada em Evidências


"Até pouco tempo atrás, os fisioterapeutas se utilizavam predominantemente de abordagens nomeadas, baseando nelas a sua intervenção terapêutica muitas vezes empregada de forma genérica, focando principalmente nos distúrbios da criança com paralisia cerebral. É cada vez mais evidente que nenhuma abordagem empregada em sua forma "pura" consegue atender a todas as necessidades de cada criança (Mayston 2004). Conseqüentemente, estas abordagens são modificadas, e possivelmente deixaram de ser o que pretendiam originalmente. Isto gera confusões entre os prestadores de serviço, o mundo terapêutico e toda a equipe que lida com a criança (Damiano 2004). Apesar de alguns aspectos destas abordagens continuarem sendo úteis, a carência de evidências científicas concretas que sustentem o seu emprego é alvo de críticas contra a sua utilização contínua.
É imprescindível atender às constantes exigências para intervenções terapêuticas com eficácia comprovada, e foi sugerido que apenas as pesquisas clínicas de alta qualidade deveriam fundamentar as terapias baseadas em evidências (Herbert et al 2005). Entretanto, somos obrigados a reconhecer que, até hoje, as evidências experimentais são insuficientes para tal. A base de evidências para o tratamento fisioterapêutico de distúrbios neurológicos de movimento é limitada, particularmente na pediatria. Dromerick (2003) afirmou que os pacientes não morreriam de uma "má reabilitação", razão pela qual sempre existiu um número menor de pesquisas de alta qualidade nestas áreas. Talvez isto até seja verdade, contudo a pesquisa clínica é difícil, particularmente na pediatria, devido a aspectos éticos, preferências dos clientes, restrições financeiras, e insuficiência de números para fortalecer os cálculos estatísticos em busca de um resultado significativo. A menos que a pesquisa tenha sido bem planejada e executada, e possa ser repetida, a questão muitas vezes é se foi o tratamento que fez a diferença, ou se as mudanças significativas se devem mais ao curso natural do crescimento e desenvolvimento. Entretanto, isto não significa que os terapeutas devam ignorar o desafio: todos nós temos a responsabilidade para com os nossos clientes e prestadores de serviço de utilizar as evidências disponíveis e de procurar respostas para o que não sabemos ainda.
Sackett et al (1996) afirmou que a prática baseada em evidências não se baseia exclusivamente na evidência experimental; é muito mais a integração destas descobertas com o conhecimento técnico do terapeuta e os valores pessoais do cliente que, juntos, fornecem a informação necessária. O conhecimento técnico do terapeuta é valioso, o cliente está conquistando uma voz mais forte, e a evidência experimental está emergindo, mas, mesmo assim esta evidência precisa ser avaliada com senso crítico. Existe um interesse em aplicar as descobertas da emergente base de evidências que sustenta o emprego de técnicas como o alongamento muscular, esporte/treinamento esportivo, treinamento de tarefas específicas (p. ex: terapia de restrição, treinamento em esteira rolante), para citar algumas (Damiano 2004). Mas até mesmo estes estudos requerem uma análise crítica, uma vez que a maioria deles é realizada com crianças mais capacitadas, sendo muitas vezes das categorias I-III do Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS, Palisano et al 1997). Ainda assim, existe um movimento encorajador em direção à abordagem científica do tratamento de crianças com distúrbios neurológicos motores, sendo o mais comum a paralisia cerebral."
(retirado do blog Humberto neto - guia do fisioterapeuta)

Testes PEDI, GMFM e AIMS


PEDI
SOBRE O TESTE
Avaliar desenvolvimento de habilidades e o nível de independência no desempenho de atividades funcionais
Crianças de 6 meses a 7 anos e meio
Formato de questionário: julgamento ou entrevista estruturada
É dividido em três partes:

Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
1ª Parte - habilidades que a criança apresenta para desempenhar atividades do cotidiano. Dividida em três áreas:

- Auto Cuidado: 73 itens
- Mobilidade: 59 itens
- Função social: 65 itens
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Pontuação : escore
1 (criança é capaz) ou
0 (criança não é capaz)

Os escores são somados em cada área de função resultando em três escores totais de habilidade

Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
2ª Parte - quantidade de ajuda que a criança recebe do cuidador para realizar 20 tarefas funcionais que estão divididas nas mesmas áreas :
- Auto cuidado
- Mobilidade
- Função Social
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Pontuação : escala ordinal
0 ( necessidade de assistência total)
1 ( necessidade máxima)
2 ( necessidade média)
3 ( necessidade mínima)
4 ( supervisão)
5 ( sem necessidade- independente)
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Da mesma forma que na 1ª parte os escores são somados em cada área de função resultando em três escores totais de habilidade
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
3ª Parte – documenta as modificações utilizadas pela criança no desempenho das mesmas tarefas de:

- auto cuidado ( n = 8)
- mobilidade ( n = 7)
- função social ( n = 5)
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Pontuação : frequência de modificações utilizadas pela criança
N ( nenhuma modificação)
C ( modificação centrada)
R ( modificação de reabilitação)
E ( modificação extensiva)
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Pontuação Geral : o escore bruto pode ser dividido em três tipos de escalas
- Normativo ( percentil de desempenho)
- Contínuo ( perfil funcional em mapas)
- Fit ( padrão de resposta)
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Tempo de aplicação do teste
- examinador e formato de aplicação

Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Propriedades Psicométricas
- Padronização : amostra 412 crianças norte-americanas de ambos os sexos
- Confiabilidade e validade : diversas evidências
- Versão Brasileira : adaptação cultural
Pediatric evaluation of disability
(PEDI)
Observações gerais
- Áreas distintas no desempenho funcional
- Documentação objetiva e quantificação de mudanças longitudinais e de efeitos de intervenção.
Teste:

Gross Motor Function Measure

(GMFM)
OBJETIVOS DO TESTE
1) Medir mudanças longitudinais na função motora grossa em crianças com PC;
2) Descrever o nível da função motora de uma criança, documentando a quantidade de atividades motoras que essas crianças são capazes de executar (e não a qualidade dessa movimentação);
3) Auxiliar na definição de objetivos terapêuticos e na informação aos cuidadores sobre os progressos obtidos no processo de reabilitação;
OBJETIVOS DO TESTE
4) Servir de instrumentação para qualificar a atividade motora de crianças com PC, possibilitando assim o desenvolvimento de investigações científicas na área.

TIPO DE CLIENTELA E/OU POPULAÇÃO ALVO
Este teste foi desenvolvido para crianças com PC. No que se refere à complexidade do conteúdo do teste, espera-se que crianças com 5 anos de idade que apresentem habilidades “normais” consigam desempenhar todos os itens. Crianças portadoras de PC com idade cronológica superior a 5 anos podem ser testadas com o GMFM, desde que as habilidades motoras apresentadas por elas sejam equivalentes às de crianças normais com idade entre 0 e 5 anos.

FORMATO DO TESTE
Composto por 88 itens agrupados em cinco dimensões:
Deitado e rolando= 17 itens
Sentado= 20 itens
Engatinhando e ajoelhado= 14 itens
De pé= 13 itens
Andando, correndo e pulando= 24 itens.

O teste é pontuado de acordo com critérios específicos definidos para a execução de cada item.
Os itens de cada dimensão estão organizados em seqüência desenvolvimental e, por isso, recomenda-se que sejam testados na ordem de apresentação, para evitar a omissão de qualquer item.
Durante o teste é permitido que o examinador demonstre o item, dê dicas verbais e encoraje a criança em sua realização

A criança pode ser auxiliada fisicamente durante uma “tentativa de experiência” anterior à aplicação do teste, para assegurar que ela tenha compreendido as instruções.
A criança pode realizar até três tentativas para desempenhar cada item.
O desempenho espontâneo é aceitável e está incluído nas três tentativas.
Se a criança executar o item na primeira tentativa, não será necessária nenhuma tentativa subseqüente.

PONTUAÇÃO
O escore dado a cada item é baseado em uma escala de 4 pontos:
0= A criança não inicia.
1= Inicia e realiza menos de 10% da tarefa.
2= Completa parcialmente (realiza mais que 10% e menos do que 100% da tarefa).
3= Completa (realiza 100% da tarefa).

Caso a criança não seja cooperativa e se recuse a desempenhar determinado item, pode-se retornar a este item no final do teste.
O teste pode ser aplicado com a criança fazendo uso de órteses ou outros dispositivos de suporte.
PROPRIEDADES PSICOMÉTRTICAS
Padronização: A amostra normativa foi composta por 111 crianças portadoras de PC com níveis de gravidade leve, moderado e grave, e faixa etária variando entre 5 meses e 15 anos de idade. Além destas, foram incluídas também outras 25 crianças portadoras de traumatismo craniano (faixa etária entre 2 e 22 anos) e 34 crianças, sem disfunções físicas, com idade variando de 1 mês a 4 anos.
CONFIABILIDADE E VALIDADE


Estudos informam que o GMFM é instrumento válido e confiável para avaliação do desenvolvimento motor grosso de crianças com PC.
OBSERVAÇÕES GERAIS
Este instrumento tem sido extensivamente utilizado na literatura científica, sendo um teste que possibilita documentação quantitativa da movimentação motora grossa de crianças portadoras de PC.
É um instrumento de baixo custo e de fácil aplicação
LIMITAÇÕES
Necessidade dos participantes (crianças avaliadas) de entenderem comandos simples, o que dificulta a aplicação em crianças com deficiência mental e/ou sensorial (visual, auditiva) associada à PC




ALBERTA INFANT MOTOR SCALE (AIMS)
SOBRE O TESTE
Autores: Martha C. Piper, PhD,PT e Johanna Darrah, PhD, PT
Referência completa da publicação : PIPER, M.C.; DARRAH, J.
Motor Assessment of the Developing Infant. Philadelphia : W.B. Saunders Company , 1994.
Endereço eletrônico : www.psychcorp.com/catalogs/
Custo ( manual ) : US$ 25,00
Folha de escore ( pacote com 50 unidades) : US$ 19,95

OBJETIVOS DO TESTE
TIPO DE CLIENTELA
CARACTERIZAÇÃO DO INSTRTUMENTO
brinquedos do agrado da criança (podem ser da própria ) e a folha de registro ou formulário de pontuação
FORMATO DO TESTE
Cada item é acompanhado por um gráfico que informa a percentagem de crianças (50 e 90%) da amostra normativa que completaram o item com sucesso em cada grupo etário.

PONTUAÇÃO
possível identificar o percentil de desempenho motor grosso da criança.

O percentil motor pode variar de 5 a 90% , sendo que, percentis inferiores a 10% aos 4 meses de idade e a 5% aos 8 meses de idade podem ser considerados como indicativos de atraso no desenvolvimento motor.

TEMPO DE APLICAÇÃO
PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS

Confiabilidade e validade : Estudos informam que o teste AIMS é válido e confiável para avaliação das habilidades motoras grossas na faixa etária que se propõe.

OBSERVAÇÕES GERAIS

O gráfico de percentil é também de fácil compreensão, uma vez que se assemelha aos gráficos de altura e peso utilizados pelo pediatra .
Artigo:
Efeitos do uso de órtese na mobilidade funcional de crianças com Paralisia Cerebral



Revista Brasileira de Fisioterapia. Vol. 10, N° 1 (2006), 67-74
Autores: Cury VCR, Mancini, MC, Melo AP, Fonseca ST, Sampaio RF, Tirado MGA

sexta-feira, 1 de maio de 2009

selinho


amei esse selinho q ganhei da minha amiga andréia...obrigada...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

trombose/doença arterial periférica


O assunto de hoje é sobre doença arterial periférica, que infelizmente está acometendo os mmii da minha vó querida. No momento ela encontra-se em tratamento com anticoagulantes e vasodilatadores. Vejam o que é:

A doença arterial periférica ( DAP ) caracteriza-se pela presença de aterosclerose ( desenvolvimento de placas de gordura ou ateroma ) na artéria aorta e em seus ramos principais , além do comprometimento das artérias mais periféricas , localizadas nos membros inferiores e superiores .

O estreitamento parcial de uma artéria , poderá ser agravado por um acidente da placa de ateroma ( formação de um coágulo sangüíneo ou trombose ) , processo que poderá ocluir totalmente a artéria afetada . Quando uma artéria apresenta um estreitamento por aterosclerose , as partes do corpo supridas por este vaso não recebem uma quantidade adequada de sangue e oxigênio , processo chamado de isquemia .

Esta isquemia poderá ocorrer de modo súbito ( isquemia aguda , geralmente associada a trombose complicando uma placa de ateroma ) ou gradual ( isquemia crônica , associada a uma placa de ateroma que causa uma obstrução crítica ) . Para evitarmos a doença arterial periférica, devemos combater os fatores de risco cardiovascular .

Doença arterial periférica da aorta abdominal e de seus ramos:

- Sinais , sintomas e diagnóstico :

A doença arterial periférica pode causar uma obstrução da aorta abdominal e de seus ramos principais, podendo ser súbita ou gradual. Normalmente ocorre uma obstrução completa e súbita , quando um coágulo transportado pela corrente sangüínea aloja-se em uma artéria ( embolia ) ou quando há a formação de um coágulo em uma artéria já acometida por aterosclerose ( acidente da placa de ateroma , seguida de uma trombose ) ou , ainda , quando ocorre uma laceração da parede arterial , como na dissecção aguda da aorta . Geralmente, uma obstrução gradual é devida ao processo de aterosclerose .

A circulação intestinal , a qual origina-se a partir da aorta , irriga grande parte do intestino ( artéria mesentérica ) . Quando essa artéria é estreitada, o tecido intestinal começa a sofre as comseqüências da isquemia. Uma obstrução completa e súbita da artéria mesentérica , é uma emergência médica ( trombose mesentérica ) .

O indivíduo que apresenta esse tipo de obstrução , apresenta-se gravemente doente, com uma dor abdominal intensa. No início, o paciente apresenta vômitos e urgência para evacuar. O abdômen pode apresentar uma distensão discreta. O paciente pode apresentar sangue nas fezes. A pressão arterial pode cair e o indivíduo entrar em choque , principalmente quando o intestino começa a gangrenar ( morte do tecido intestinal por falta de circulação ) .

Tipicamente, um estreitamento crônico e gradual da artéria mesentérica , provoca dor 30 ou 60 minutos após uma refeição, pois a digestão exige um maior fluxo de sangue para os intestinos. A dor é constante e , geralmente, localizada na região umbilical , sendo chamada de angina mesentérica . Isto pode fazer com que os pacientes tenham medo de ingerir alimentos, fato que pode levar a uma perda de peso considerável.

Quando um coágulo aloja-se subitamente em uma das artérias renais ( os vasos que suprem os rins ) , o paciente poderá apresentar uma dor súbita na região lateral do abdome ( flanco ) ou na região lombar . A urina pode torna-se sangüinolenta. Geralmente, a obstrução gradual das artérias de um ou ambos os rins é decorrente da aterosclerose , podendo levar à hipertensão arterial ( hipertensão arterial renovascular ) , a qual é responsável por 3 a 5% de todos os casos de hipertensão arterial.

Quando a aorta inferior é abruptamente obstruída no ponto onde ela divide-se em dois ramos ( artérias ilíacas direita e esquerda ), as quais passam pela pelve para conduzir o sangue até os membros inferiores, estes tornam-se doloridos, pálidos e frios. Não é possível se detectar pulsos nos membros inferiores e estes podem tornar-se insensíveis. Quando o estreitamento da parte inferior da aorta ou em uma das artérias ilíacas ocorre de uma forma gradual , o indivíduo apresenta cansaço muscular ou dor nas nádegas, nos quadris e nas panturrilhas ao caminhar .

Nos homens , a impotência sexual é comum nos casos de estenose da aorta inferior ou de ambas as artérias ilíacas. Se o estreitamento ocorrer na artéria que se originam na região inguinal ( virilha) e descem pelo membro inferior até o nível do joelho ( artéria femoral ), o indivíduo geralmente apresenta dor nas panturrilhas ao caminhar ( claudicação intermitente ) e os pulsos abaixo do nível da obstrução são fracos ou estão ausentes.

-Tratamento :

A sobrevivência de um indivíduo após uma obstrução súbita da artéria mesentérica ( trombose mesentérica ) e o salvamento do intestino , dependem da velocidade com que a irrigação sangüínea é restaurada. Para ganhar um tempo precioso, o indivíduo pode ser submetido a uma cirurgia de emergência ,mesmo sem que haja um diagnóstico definitivo . Se a artéria mesentérica estiver obstruída, confirmando a suspeita inicial , apenas a cirurgia imediata poderá restaurar a irrigação sangüínea com rapidez suficiente para salvar a vida do paciente.

Os médicos usam o ecodoppler ou ultrassom vascular e a angiografia para determinar a extensão da obstrução e para confirmar a necessidade de uma cirurgia. Geralmente, os coágulos sangüíneos das artérias hepática e esplênica ( ramos que irrigam o fígado e o baço ), não são tão perigosos quanto a obstrução do fluxo sangüíneo intestinal. A remoção cirúrgica precoce de um coágulo localizado na artéria renal pode restaurar o funcionamento do rim. Algumas vezes, no caso de uma obstrução gradual de uma artéria renal, o médico realiza uma angioplastia ( procedimento no qual um cateter com um balão em sua extremidade é inserido na artéria e este é insuflado para eliminar a obstrução ) ou realiza uma cirurgia de derivação .

Doença arterial periférica das artérias dos membros inferiores e superiores:

- Sinais , sintomas e diagnóstico :

A doença arterial periférica , pode acarretar um estreitamento gradual de uma artéria do membro inferior, o primeiro sintoma é uma sensação dolorosa, cãimbras ou cansaço nos músculos da panturrilha ( "batata da perna" ) do membro inferior : é a chamada claudicação intermitente. Os músculos doem durante a marcha e a dor aumenta rapidamente e torna-se mais intensa durante a marcha rápida ou em um plano ascendente. Mais comumente, a dor localiza-se na panturrilha, mas também pode localizar-se no pé, na coxa, no quadril ou na nádega, dependendo da localização do estreitamento.

A dor pode aliviar com o repouso. Normalmente, após 1 a 5 de minutos de repouso , na posição sentada ou em pé, o indivíduo pode caminhar a mesma distância já percorrida antes que a dor se manifeste novamente. O mesmo tipo de dor durante um esforço também pode ocorrer em um membro superior quando eixte uma estenose da artéria que fornece sangue ao mesmo. À medida que a doença agrava, a distância percorrida , sem sentir dor , diminui.

Finalmente, o indivíduo pode apresentar claudicação mesmo em repouso. Comumente, a dor começa na perna ou no pé, é intensa e persistente , piorando quando o membro inferior é elevado. Freqüentemente a dor impede que o indivíduo durma. Para obter algum alívio, o indivíduo pode deixar os pés pendentes na lateral do leito ou pode sentar-se com os membros inferiores pendentes. Geralmente, um pé com uma redução acentuada da irrigação sangüínea torna-se frio e insensível. A pele pode tornar-se seca e descamativa , as unhas se atrofiam e os pêlos caem . Com a piora da obstrução , pode ocorrer a formação de úlceras nos dedos dos pés ou no calcanhar e, ocasionalmente, nas pernas, sobretudo após uma lesão. O membro inferior pode atrofiar.

Uma obstrução grave pode causar a morte do tecido ( gangrena ), necessitando inclusive de uma amputação . No caso de uma obstrução súbita e completa de uma artéria de um membro inferior ou superior, o indivíduo apresenta dor intensa, diminuição da temperatura e insensibilidade no membro, o qual apresenta um aspecto pálido ou azulado ( cianótico ). A palpação de pulsos não é possível abaixo do nível da obstrução. A suspeita de obstrução é estabelecida a partir dos sintomas descritos pelo paciente e pela observação de diminuição ou ausência de pulsos , abaixo de um determinado nível do membro inferior. O médico pode avaliar o fluxo sangüíneo de diversos modos como, por exemplo, através da comparação entre a pressão arterial ao nível do tornozelo e a pressão arterial do braço ( índice tornozelo-braquial ). O diagnóstico poderá ser confirmado através de certos exames.

No caso do ecodoppler ou ultrassom vascular , uma sonda é colocada sobre a pele do paciente ( sobre a área da obstrução) , e o som produzido pelo fluxo sangüíneo indica o grau de obstrução. Por não exigir uma injeção, o ecodoppler ou ultrassom vascular , é utilizado no lugar da angiografia. Na angiografia, uma solução opaca aos raios X ( contraste ) é injetada na artéria. Em seguida, são realizadas radiografias que revelam velocidade do fluxo sangüíneo, o diâmetro da artéria e o grau de qualquer obstrução que esteja presente. A angiografia pode ser seguida pela angioplastia, para desobstruir a artéria.

- Tratamento:

Quando possível, os indivíduos com claudicação intermitente devem caminhar pelo menos 30 minutos por dia. Ao sentirem dor, eles devem parar até a dor desaparecer e, em seguida, reiniciar a caminhada. Com esse procedimento, geralmente a distância percorrida pode ser aumentada, talvez pelo fato do exercício melhorar o desempenho muscular e provocar a dilatação dos demais vasos sangüíneos que irrigam os músculos. Os indivíduos com obstrução arterial não devem fumar.

A cessação do tabagismo costuma melhorar muito a claudicação intermitente. A elevação da cabeceira da cama com calços medindo 10 a 15 centímetros pode ser útil para aumentar o fluxo sangüíneo nos membros inferiores. O médico poderá prescrever medicamentos , com o objetivo de melhorar a oferta de oxigênio aos músculos e o tempo de caminhada livre de sintomas . Outras drogas , como a aspirina ( antiplaquetário ) e as vastatinas ( drogas redutoras de colesterol ) , também costumam ser prescritas . Medicamentos para o combate da hipertensão arterial e do diabete melito , situações comuns nestes pacientes , também deverão ser utilizadas. Os cuidados com os pés são fundamentais. O objetivo desses cuidados é preservar a sua circulação sangüínea e evitar as complicações produzidas pela má circulação.

Como regra, qualquer indivíduo com má circulação nos pés ou com diabete melito , deverá consultar um médico quando uma úlcera não cicatriza em aproximadamente sete dias. Se a úlcera se infeccionar, ele geralmente prescreve antibióticos que devem ser administrados pela via oral. A cicatrização total poderá demorar semanas ou mesmo até vários meses.

Angioplastia : geralmente, os médicos realizam a angioplastia imediatamente após a realização de uma angiografia. A angioplastia consiste na passagem de um cateter com um balão na extremidade na área estreitada da artéria e, em seguida, ocorre a insuflação do balão, para eliminar a obstrução causada pela aterosclerose. A angioplastia exige somente um ou dois dias de internação e pode evitar a necessidade de uma cirurgia de grande porte. O procedimento é indolor, mas pode ser um pouco desconfortável, pois o paciente tem de permanecer imóvel sobre uma mesa de radiografia, a qual é dura.

O paciente é submetido a uma sedação leve. Após o procedimento, os médicos preferem administrar um inibidor plaquetário , como a aspirina e o clopidogrel , para evitar a formação de um coágulo. O médico pode realizar um ecodoppler ou ultrassom vascular para verificar o resultado do procedimento e para se certificar de que não houve recorrência da estenose. A angioplastia não pode ser realizada quando o estreitamento é disseminado, quando é muito extenso ou quando a artéria é muito fina. Quando ocorre a formação de um coágulo sangüíneo na área estreitada , um descolamento de um fragmento do coágulo e uma obstrução de uma artéria mais distante, quando há infiltração de sangue no revestimento da artéria com produção de uma protuberância e interrupção do fluxo sangüíneo ou ainda , quando ocorre uma hemorragia , poderá ser necessária a realização de uma cirurgia de emergência. Além do cateter com balão, os stents ( estrutura metálica liberada na parede da artéria ,por ocasião de uma angioplastia ) são freqüentemente usados , visando aumentar as chances de manutenção do resultado obtido pela angioplastia.

Cuidados com os pés: o indivíduo que apresenta uma má circulação nos pés deve instituir as seguintes medidas e precauções: examinar os pés diariamente, verificando a presença de rachaduras, feridas, calos e espessamentos; lavar os pés diariamente com água morna e sabonete neutro, secando-os suave e completamente ; utilizar um lubrificante, como a lanolina, para a pele seca ; utilizar um talco comum, não medicinal, para manter os pés secos ; cortar as unhas retas e não demasiadamente ; procurar um podólogo para tratar calos ; trocar de meias diariamente ; não utilizar ligas ou meias apertadas, com a parte superior elástica ; utilizar meias de lã folgadas para manter os pés aquecidos; não utilizar bolsas de água quente ou almofadas elétricas; calçar sapatos especiais , confortáveis e com bicos largos ; no caso de uma deformidade do pé, solicitar ao podólogo uma prescrição de calçados especiais.

Cirurgia: com muita freqüência, a cirurgia alivia os sintomas, cura as úlceras e evita a amputação. Em alguns casos agudos , quando apenas uma pequena área encontra-se bloqueada por um coágulo, o cirurgião vascular poderá removê-lo ( embolectomia ) .Em casos de obstrução crônica , o cirurgião pode realizar um enxerto de derivação ( by pass ), no qual é realizada o implante de um enxerto artifical ( um tubo de material sintético) ou de uma veia retirada de uma outra parte do corpo, permitindo uma comunicação entre a parte superior da artéria obstruída e a parte situada abaixo da obstrução.

Outra técnica consiste na remoção da parte obstruída ou estreitada e , a inserção de um enxerto em seu lugar. A secção dos nervos próximos à obstrução (uma cirurgia denominada de simpatectomia) previne os espasmos ( contrações e estreitamentos ) da artéria e, em alguns casos, pode ser muito útil. Uma amputação poderá ser indicada para a eliminação do tecido infectado, para o alívio de uma dor persistente ou para a interrupção de uma gangrena que se agrava. Neste procedimento , o cirurgião remove o mínimo possível do membro inferior, principalmente se o paciente planeja utilizar uma prótese.

Fonte: http://portaldocoracao.uol.com.br/versao-para-impressao.php?id=14


BEM VINDO!: fisioterapia aquática

BEM VINDO!: fisioterapia aquática

Trocar idéias sobre fisioterapia.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Luíza


minha sobrinha amada....